terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sem esquecer

Penso para comigo e partilho muitas vezes para com os meus turistas que talvez fosse capaz de perdoar à ditadura de Salazar a Guerra Colonial, a fome e todos os presos e mortos políticos mas que jamais seria capaz de perdoar o atraso cultural em que nos deixou, que tantos anos depois ainda se sente e vive, ainda que de maneira subtil. 
Ao mesmo tempo, penso que talvez um dia seja capaz de perdoar aos governos dos últimos 15 anos a dívida externa e as sucessivas medidas de austeridade mal distribuidas, mas jamais lhes serei capaz de perdoar terem obrigado tantos jovens a emigrar e a ir embora, das tantas maneiras possíveis. Estando o problema mesmo aí: nas "tantas maneiras possíveis".